terça-feira, 24 de março de 2015

Expandindo Horizontes

                         Pedra de Santo Antônio:


Foto: lucianafilmagens.blogspot.com

Localizada na serra do Bodopitá, município de Fagundes estado da Paraíba, a Pedra de Santo Antônio é famosa pela tradição que reza a seguinte condição: quem conseguir passar por debaixo dela, no ano seguinte terá casamento na certa. Crendices à parte ou não, vamos conhecer um pouco mais sobre o lugar?


História:

Situada a 40 km de Campina Grande e a 120 km de João Pessoa, o município de Fagundes, recebe anualmente, inúmeros visitantes e devotos de Santo Antônio, particularidade refletida até mesmo no nome de vários cidadãos da região. Ou seja, 30% dos homens que moram na cidade têm o nome do frade português que se tornou santo. 

Subida da serra. Foto: pt.db-city.com

A região tornou-se um dos pontos de peregrinação religiosa do Nordeste, e tudo graças aos devotos que sobem a serra a pé, cobrindo quase dois quilômetros para fazer pedidos ou retribuir graças alcançadas.
Não é à toa que a região ganhou status de milagrosa, atribuição dada à aparição da imagem do santo numa fenda de pedra, encontrada por migrantes escravos vindos de Pernambuco, ainda no século XIX. Por três vezes, a imagem foi transferida para a Igreja de Fagundes, mas sempre desaparecia, voltando a ser encontrada em seu local de origem.



Mas se você pensa que a beleza do lugar para por aqui, está muito enganado...

Foto: www.pedal.com.br
Em meio a um cenário repleto de trilhas ecológicas e monumentos naturais, a Serra do Bodopitá é um recanto preservado com mata e fontes de água doce, endereço certo para aventureiros que gostam de praticar, como por exemplo o Trekking (trilhas pelas matas). Além disso, o visitante que optar por conhecer o local, também terá a oportunidade de conhecer o Sítio das Laranjeiras, uma rocha situada à beira de um penhasco, que revela dezenas de pinturas rupestres, feitas pelos índios que habitavam o lugar no passado.


Passagem por baixo da pedra. Fonte:youtube.com


Quer conhecer mais sobre a Pedra de Santo Antônio? Clique no link a seguir e veja reportagem exibida pela Rede TV, ou se preferir trace uma rota e venha conhecer pessoalmente mais um pedacinho da Paraíba.







Localização: 



Link de reportagem: 

                                                         CABACEIRAS:

A HOLIÚDE NORDESTINA




Nada de Los Angeles, nem tampouco Califórnia...
O destaque desta semana recai sobre a Holiúde brasileira, tipicamente Nordestina encontrada no Interior da Paraíba mais precisamente em Cabaceiras.  A cidade com o menor índice pluviométrico do país, onde costumam dizer que chove para cima (uma referência ao menor índice pluviométrico anual de 278 mm, comparada a quantidade evaporada) atrai diretores que buscam a beleza cinematográfica da cidade.

Casas. Foto: roteirosincriveis.uol.com.br
As casas bem conservadas datam do século XVIII, servindo de inspiração aos mais de 25 filmes rodados no lugar. Entre eles, o Longa de maior repercussão gravado na Holiúde Nordestina foi o filme: O AUTO DA COMPADECIDA, peça adaptada de autoria do grande escritor também paraibano Ariano Suassuna falecido no dia 23 de julho de 2014.
 






Mais um ponto favorável para essa procura cinematográfica e turística encontra-se atribuída ao Lajedo de Pai Mateus, constituído por uma formação rochosa composto por grandes pedras que chegam a pesar 45 toneladas.







 EXPLICAÇÃO:

Segundo estudiosos a formação rochosa, é oriunda do desgaste do solo ao longo de milhões de anos, em função de fissuras naturais e grandes variações de temperatura. Em algumas pedras são encontradas pinturas rupestres dos índios cariris que habitaram a região há cerca de 12 mil anos. Uma das pedras mais bela do local e talvez a mais fotografada recebeu o nome “Pedra do Capacete” atribuição dada ao seu formato natural.

Pedra do Capacete. Foto: www.flickr.com.br

 FESTA DO BODE REI:



Foto: www.fabianovidal.com
Outra característica marcante da pequena Cabaceiras é a Festa Do Bode Rei uma comemoração voltada para produtores da caprinovinocultura, técnicos, empresários e o público em geral que faz a festa participando das competições.
Como esperávamos, a Holiúde Nordestina alcançou tanto reconhecimento que virou tema de reportagens veiculadas em Rede Nacional, além de um documentário provando extrema importância no cenário cultural brasileiro.

Foto: G1.globo.com


Em 2013 o Jornal Nacional exibiu uma reportagem sobre Cabaceiras. Confira no link:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/12/roliude-nordestina-atrai-diretores-de-cinema-por-causa-do-clima.html






Outra reportagem em rede nacional foi exibida pelo Domingo Espetacular da Rede Record.Confira o vídeo em:  https://www.youtube.com/watch?v=6ra0szupPf4
 
      
Museu de Arte Popular da Paraíba
Conheça o museu dos Três Pandeiros em Campina Grande – PB



Localizado ás margens do Açude Velho, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) abriu suas portas para visitação no dia 10 de junho de 2014, mantendo ao longo de todo seu funcionamento peças características da arte e cultura popular, cunho profissional prestigiando vários artistas da região.
Mantido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o museu foi planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, uma obra que ficou conhecida como Museu dos Três Pandeiros referências as formas circulares que homenageiam o músico paraibano Jackson do Pandeiro.

Museu dos Três Pandeiro. Foto:


O Início: Cultura Popular

Artesanato – Barro, ferro, palha, argila... A natureza descrita por essência.
O artesanato é uma das técnicas expostas que elevam a percepção do visitante ao lado da evolução e resistência, pois, muitas peças acabam sendo influenciadas por simbioses do mundo contemporâneo.
Os objetos moldados em diferentes materiais seguem uma mesma vertente “o trabalho manual popular” particularidade que exalta a criatividade, facilitando uma comunicação entre as pessoas por seus festejos, crenças e brincadeiras. 

Peças em barro. Foto: Bianca Mariano
 Foto: Bianca Mariano





   






Foto: Bianca Mariano
Foto: Bianca Mariano













“Os Três Pandeiros”


Paraíba meu amor, o reino dos Ritmos.

Partindo desta premissa, o “Reino dos Ritmos paraibano” permanece nas vozes daqueles que um dia brilharam ou nas vozes dos que ainda vão brilhar. Sivuca, Marinês, Amazan, Biliu de Campina... O próprio Jackson representado em áudio, vídeo e imagem ao zelo da preservação do patrimônio musical paraibano entre gerações sob todos os ângulos: artísticos, estético e técnico.
O forró deixa de ser música folclórica, virando ritmo reproduzido pela indústria cultural, adaptado por muitas bandas que fazem sucesso, cantando um forró primeiramente tocado apenas em festas juninas.




 Reco Reco e Pandeiro utlizados por Jackson em Shows. Foto: Bianca Mariano

Foto: Bianca Mariano
Cordel: Ver, ouvir e cantar.


Sempre impondo à cantoria com extraordinária genealogia, historiografia poético-musical nordestina, é tida como mãe do cordel, ao passo que a xilogravura ganha vida nas palavras impressas em cada folheto. Nomes como o do grande Cordelista Manuel Monteiro, Lourdes Ramalho, Agostinho Nunes da costa, entre outros, são alguns homenageados do museu.

No Brasil com o advento das novas tecnologias, os cordéis deixaram de serem produzidos manualmente, um caráter ainda seguido em países menos desenvolvidos. Toda via a forma declamada ao som do improviso, continua mantendo sua tradição agora com mais um grande contribuinte: o Museu de Arte Popular da Paraíba – “o Museu dos Três Pandeiros”.







Maquete, fabricação do cordel. Foto:     Bianca Mariano


 
Cordéis Pendurados. Foto: Bianca Mariano














 




Há cerca de 230 milhões de anos, no período Triássico da era Mesozóica, surgiu no planeta terra uma das espécies mais emblemáticas de todos os tempos: Os Dinossauros.


 

Répteis de grande e pequeno porte, classificados entre Carnívoros e Herbívoros, os dinossauros dominaram a planície habitando o que inicialmente chamava-se Pangeia, nome dado ao único continente que unia todos os demais em um “bloco de terra”. (pan do grego = todo, inteiro; Gea – único bloco de terra)



Animação: Separação Do Pangeia.
            Foto: catracalivre.com.br


Após milhões de anos, o Pangeia fragmentou-se, dando origem a dois megacontinentes: Gondwana – Formado pela América do Sul, África, Austrália e Índia. E a Laurásia – Formado por América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico.
O mar que se formou entre os dois continentes recebeu o nome de Tetis (Deusa do Mar). Segundo os cientistas o movimento de separação teria sido originado, devido à grande instabilidade da imensa placa, que segundo a teoria “flutua” sobre o manto terrestre.  

No Brasil, os primeiros fósseis, datam de 1897, entra à passagem das pedras, próximo a Sousa Sertão da Paraíba. As pegadas fossilizadas foram descobertas pelo agricultor Anísio Fausto Da Silva que imaginava primeiramente serem rastros de Boi e Ema.




Ocorrido:




O gado havia fugido do roçado e o Agricultor saiu para procurar os animais. Entre a “passagem das pedras” viu uma trilha de grandes e pequenas pegadas no leito do rio seco. Pensou serem rastros de Boi e Ema, mas para outros fazendeiros e moradores de Sousa – Sertão da Paraíba aquelas pegadas teriam sido deixadas por outros animais.


Fonte: patrimoniodetodos.gov.br



Máquina Lambe-lambe

  

A Descoberta:



Em 1924, o Geólogo Mineiro Luciano Jaquis de Morais, ouviu as histórias e com uma máquina Lambe-lambe tirou algumas fotografias que foram enviadas para a Inglaterra. Após várias pesquisas, ficou comprovado: as pegadas eram de dinossauros do período Cretáceo (110 milhões de anos atrás).

 

O Vale:


Considerado com um valor inestimável para o legado histórico paleontológico, o vale dos dinossauros foi reaberto para visitas, após reformas feitas pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) em 2013. Em sua primeira semana de funcionamento, o local recebeu 2.300 pessoas, alcançando mais de 5.600 visitas durante o mês de Junho.
Para a reforma foi investido R$ 1,2 milhão, uma parceria feita pelo Governo do Estado e a Petrobrás, viabilizando melhorias no museu, climatização do local, auditórios, escritórios e banheiros, urbanização da área externa entre outros serviços.




  Entrada do vale. Foto:pt.wikipedia.org








Monumento vale dos dinossauros.
Foto: patrimoniodetodos.gov.br

Em Rede Nacional:


O apresentador Richard Rasmussen do Programa “Aventura Selvagem”  do SBT visitou a Paraíba e o Vale dos Dinossauros, gravando os programas que foram exibidos entre os dias 13, 20 e 27 de Agosto de 2010.

Richard ao lado de uma das pegadas
fossilizadas. Foto: aventuraselvagem.com


Ficou curioso? Quer conhecer o Vale dos Dinossauros pessoalmente?
Confira a localização abaixo, faça sua rota e caia na estrada!




Texto: Bianca Mariano


 

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